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São Paulo — Apontado como liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco William Herbas Camacho, o Marcola, foi condenado novamente pela Justiça nesta quinta-feira (14/11). O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) impôs uma pena de seis anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro com uso do salão de beleza de sua mulher, Cynthia Gigliori Herbas Camacho, conhecido como “Diva’s Hair”. Ela recebeu a pena de quatro anos em regime aberto.
Marivaldo da Silva Sobrinho e Maria do Carmo Giglioli da Silva, sogros de Marcola, também foram condenados, cada um a três anos de prisão. Eles teriam sido usados na compra de uma casa de mais de R$ 3 milhões, com dinheiro vivo, em um condomínio de luxo na Granja Viana, em Cotia.
A investigação identificou que o salão de beleza recebeu R$ 479 mil em depósitos em dinheiro vivo, apesar de ter faturamento de R$ 150 mil e capital de R$ 1 mil. Ainda foram encontradas operações de R$ 1,7 milhão no cartão de crédito e R$ 1,7 milhão no débito associadas ao salão de beleza.
O desembargador do TJSP Damião Cogan, relator do caso, afirmou que “os ganhos da empresa não são compatíveis com o tamanho e localização comedidos do salão ‘Diva’s Hair’, e que as operações bancárias são praticadas no intuito claro de dissimular a introdução de capitais ilícitos advindos de atividade criminosas praticadas por Marcos Willians e seus subordinados como como operações regulares do salão ‘Diva’s Hair'”.
“O regime prisional será o fechado, o único cabível na espécie para sancionar ‘cabeça’ de organização criminosa que tanto atemoriza a população ordeira”, anotou o desembargador. Marcola já está preso e foi condenado a mais de 300 anos de prisão por diversos crimes.
A investigação também menciona a compra de imóveis com uso de dinheiro vivo e com registros de cartório subfaturados.