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A dengue segue avançando no Distrito Federal. Em uma semana, a capital registrou mais de 20 mil casos da doença. Ao todo, foram notificados 66.361 casos em moradores da cidade, entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro deste ano. Isso representa um aumento de 1.303,09% de ocorrências prováveis quando comparado com o mesmo período de 2023 (4.727 notificações). Isso sem quantificar as pessoas assintomáticas. Os dados são do último boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), na quarta-feira. Entre as regiões com mais incidência, estão Brazlândia e Sol Nascente/Pôr do Sol.
De acordo com o documento, a análise de incidência de casos de dengue neste ano nas regiões de saúde indica que a Oeste — composta por Brazlândia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol — apresenta a maior taxa, com 3.835,84 casos por 100 mil habitantes. Além disso, Brazlândia e Sol Nascente/Pôr do Sol têm a incidência mais elevada entre as regiões administrativas (RAs) com 4.984,62 e 3.759,38 registros, respectivamente.
Ainda em relação às RAs, a Estrutural aparece em terceiro lugar, com 2.854,46 casos a cada 100 mil habitantes e Ceilândia, logo em seguida, com 2817,09. Com incidência classificada como baixa nas últimas quatro semanas, o DF tem apenas duas regiões: Sudoeste/Octogonal (72,83) e Park Way (24,92).
Tratando do número de notificações por região, com 12.983 casos, Ceilândia aparece em primeiro lugar disparado quando comparada com outras áreas. Em seguida, estão Taguatinga (3.772), Sol Nascente/Pôr do Sol (3.701), Brazlândia (3.305) e Samambaia (2.819). Estas cinco concentraram 40,1% dos casos prováveis de dengue do DF, segundo o boletim. O documento mostra, também, que a doença foi identificada em todas as 35 RAs do DF.
Levando em consideração a faixa etária da população infectada com a dengue, o grupo com mais casos prováveis têm entre 20 e 29 anos, com 2.386,1 ocorrências a cada 100 mil habitantes. O boletim indica que 12.357 pessoas com essas idades tiveram a doença até o momento. O número representa 18% do total de registros na capital.
Em seguida, estão os grupos etários de 70 a 79 anos e 80 anos ou mais, com 2.361,2 casos e 2.348,2 casos a cada 100 mil habitantes, sendo 2.997 e 1.257 idosos que pegaram dengue, respectivamente. Estas faixas etárias também representam os maiores números de óbitos, ao lado de pessoas de 60 a 69 anos. Por fim, as idades com menor incidência de casos são as de crianças de 1 a 4 anos com 1.013,5 registros a cada 100 mil habitantes, com 1.649 ocorrências.
Quanto feita a análise por sexo em relação ao perfil dos casos prováveis de dengue, observa-se a maior incidência das ocorrências no sexo feminino, com 2.176,9 casos por 100 mil habitantes. Entre as mulheres, foram registrados 36.206 casos, o que representa 54,6%. Em pessoas do sexo masculino, foram registrados 29.806 casos (44,9%).
Com o avanço da dengue no DF, a população segue preocupada, em especial os idosos. Segundo o boletim epidemiológico, dos 23 óbitos registrados até 14 de fevereiro, 12 foram de pessoas com 60 anos ou mais. O número representa 52% dos casos que evoluíram para morte. A pasta investiga ainda outros 66.
A maioria das ocorrências de dengue que resultaram em óbito foi de pessoas que tinham 80 anos ou mais, com cinco notificações. Em seguida, aparece a faixa etária de idosos de 60 a 69 anos, com quatro mortes. Pessoas com idade de 70 a 79 anos, 40 a 49 anos e 20 a 29 anos estão com três óbitos notificados em cada faixa etária. Além disso, o DF registrou a morte de um bebê menor de um ano e de uma criança entre 5 e 9 anos.
Em relação à região administrativa onde essas pessoas residiam, o maior número se concentra em Ceilândia, com quatro mortes. Em seguida, aparecem Estrutural, Guará, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Taguatinga, que registraram dois óbitos cada. De acordo com o documento, das mortes notificadas, 13 foram de pessoas do sexo masculino e 10 do sexo feminino.
O boletim mostra ainda que cerca de 1.150 casos de dengue no DF evoluíram com sintomas que indicam o agravamento da doença, como sangramentos e vômitos persistentes. Esse número representa um crescimento de 1.616,4 % em relação ao mesmo período de 2023. Outros 52 casos graves em residentes no DF foram notificados, o que corresponde a um aumento de 5.100% em relação ao mesmo período do ano passado.