Celebrado em 21 de junho, o Dia Nacional do Controle da Asma chama atenção para uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns e que, embora não tenha cura, pode ser controlada. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), pacientes como Márcia Madalena Santos, 78 anos, e Germaila Ribeiro, 40, são exemplos de que é possível viver bem com a condição quando se tem acompanhamento adequado e uma rotina de cuidados.
Márcia convive com a asma desde a infância. Hoje, participa das sessões de fisioterapia respiratória oferecidas pelo hospital. “Se a gente não se cuida, vem a crise e derruba mesmo”, conta. “Com o tratamento, consigo fazer minhas coisas com menos cansaço. Mas tem que cuidar todo dia”. Com histórico familiar da doença, ela aprendeu que o controle está nos detalhes da rotina: “Minha mãe teve, meus filhos também. É de família. Eu já sei como é. Hoje, com a fisioterapia, me sinto melhor. Faço minhas coisinhas com menos cansaço”.
Já Germaila, paciente do HBDF há 27 anos, lembra que enfrentava crises severas durante a infância, no Maranhão: “Desmaiava com falta de ar, era direto no balão de oxigênio. Aqui, com o acompanhamento, tudo mudou. Hoje eu trabalho, cuido da casa e vivo com mais tranquilidade”.
O alergologista Vitor Pinheiro, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), explica que a asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, com sintomas como tosse seca, chiado, aperto no peito e falta de ar. A gravidade e a frequência variam, e o controle depende de prevenção, educação e adesão ao tratamento contínuo.
“Muitas pessoas só buscam ajuda nas crises, mas isso é um erro. O tratamento é diário, com remédios, mudança de hábitos e atenção aos gatilhos”, alerta Vitor.
Ambulatório especializado
No Hospital de Base, os casos mais graves da doença recebem atendimento no ambulatório específico para asma moderada a grave, voltado à atenção terciária. O serviço é referência por oferecer acompanhamento especializado e acesso ao que há de mais avançado no tratamento: os imunobiológicos.
O acesso a essa medicação com distribuição pelo SUS representa um diferencial importante, especialmente para pacientes com asma grave de difícil controle, que continuam enfrentando crises mesmo com o uso adequado de medicamentos convencionais. Esse tipo de tratamento é fundamental para quem, mesmo seguindo corretamente o tratamento, continua enfrentando crises e limitações no dia a dia.