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Tel Aviv e Jerusalém, em Israel, foram alvo de centenas de mísseis nesta terça-feira (1º/10). O ataque teria partido do Irã, em retaliação aos assassinatos dos ex-líderes do Hamas e Hezbollah.
Em resposta, o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, afirmou que o “ataque do Irã é uma escalada grave e perigosa” e que “haverá consequências”.
“Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão nos mais altos níveis de prontidão. Nossos planos operacionais estão prontos. Responderemos onde, quando e como escolhermos, de acordo com as diretrizes do governo de Israel”, disse o porta-voz.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), grande parte dos mísseis foi interceptada pelo sistema de defesa aérea do país. Até o momento, não há confirmação de mortos durante a ofensiva iraniana contra o território israelense.
Ainda não está claro quantos projéteis foram disparados contra o território de Israel. As estimativas, no entanto, giram em torno de 200 a 500 mísseis.
Após o ataque, os Estados Unidos ameaçaram agir contra o Irã. “Haverá consequências sérias para o Irã como resultado deste ataque e trabalharemos com Israel para garantir que isso aconteça”, disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em uma coletiva de imprensa.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que Israel terá ajuda do país.
“Esta manhã, Kamala e eu reunimos nossa equipe de segurança nacional para discutir os planos iranianos de lançar um ataque iminente de mísseis contra Israel”, escreveu Biden no X.
“Discutimos como os EUA estão preparados para ajudar Israel a se defender contra estes ataques e proteger o pessoal americano na região”, disse a publicação, à qual o Metrópoles teve acesso por meio de fontes no exterior.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, se manifestou nesta terça-feira (1º/10) após os ataques com mísseis que atingiram Tel Aviv e Jerusalém.
Em sua declaração, Pezeshkian descreveu os ataques como uma “resposta decisiva” às “agressões” de Israel, mas ressaltou que o Irã não busca conflito direto.
“Esta ação foi em defesa dos interesses e cidadãos do Irã”, afirmou o presidente em uma publicação no X (antigo Twitter), que o Metrópoles teve acesso por meio de fontes no exterior.
Ele ainda enviou um recado direto ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: “Que Netanyahu saiba que o Irã não busca a guerra, mas se mantém firme contra qualquer ameaça… Não entre em conflito com o Irã.”
O Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), comandado pelo regime do Irã, informou que os ataques desta terça-feira contra Israel são uma resposta contra os assassinatos dos ex-líderes do Hamas e do Hezbollah.
Em comunicado, o IRGC disse que disparou mísseis contra o território israelense após Israel violar a soberania do Irã ao assassinar o então chefe político do Hamas Ismail Haniyeh na capital Teerã.
O Hamas, por sua vez, chamou o ataque a mísseis do Irã contra Israel de “heroico”.
“Afirmamos que esta honrosa resposta iraniana é uma mensagem forte ao inimigo sionista e seu governo fascista que ajudará a deter e controlar seu terrorismo”, disse o Hamas em um comunicado. O grupo palestino pediu ainda que a população e os governos do Oriente Médio se unam para enfrentar Israel.
Além disso, o exército iraniano alegou que a ofensiva é uma resposta contra “a intensificação dos males do regime [Israel] com o apoio dos Estados Unidos no massacre do povo do Líbano e de Gaza”, e pelo recente assassinato do chefe do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah.
Por meio da missão iraniana na Organização das Nações Unidas (ONU), o regime do aiatolá Ali Khamenei classificou os ataques como uma ação “legal, racional e legítima”, e prometeu um “ataque esmagador” caso Israel decida responder aos ataques.
“Caso o regime sionista ouse responder ou cometer novos atos de malevolência, uma resposta subsequente e esmagadora acontecerá. Os estados regionais e apoiadores sionistas são aconselhados a separa-se do regime”, disse a missão do Irã na ONU em uma publicação no X, à qual o Metrópoles teve acesso por meio de fontes no exterior.