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A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu um processo contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães. O caso envolve um suposto favorecimento na liberação de crédito para um microempresário indicado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A denúncia foi recebida em 20 de novembro de 2023, e o processo foi aberto na última segunda-feira (23). A reportagem tenta contato com Guimarães, e o espaço está aberto para manifestação.
As informações sobre a abertura do processo foram confirmadas com a Casa Civil. A suspeita é de que a ex-primeira-dama teria solicitado ao então presidente da Caixa que atendesse um empresário dentro de um programa de créditos aberto pelo banco público durante a pandemia de Covid-19. Guimarães, então, teria dado andamento à demanda e atendido ao pedido.
A Comissão de Ética Pública foi criada em 1999 e atua como instância consultiva do presidente da República e de ministros em matéria de ética pública. O órgão é responsável por administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, além de se manifestar em consultas sobre a existência de conflito de interesses e apurar, mediante denúncia ou ofício, condutas em desacordo com as normas.
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Guimarães foi presidente da Caixa Econômica durante o governo de Jair Bolsonaro. Em junho de 2022, o então presidente do banco deixou o cargo após ser acusado de assédio sexual. Entre os relatos, existem acusações de aproximação física e toques indesejados.
No ano passado, a Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do Ministério Público Federal, e Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do banco estatal.
Ele também é alvo de um processo por constranger funcionários ao obrigá-los a realizar flexões no horário de trabalho.
A Caixa Econômica Federal fechou um acordo de R$ 10 milhões para encerrar o processo por casos de assédio moral e sexual supostamente cometidos por Guimarães. O acerto foi homologado pela Justiça do Trabalho. A indenização será revertida para instituições sem fins lucrativos. Nesses casos, o ex-presidente do banco nega as acusações.